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A plastificação das lembranças por meio da pressão da sociedade quanto ao status refletido nas Fotos

Ao presenciar duas pessoas posando para uma foto em meio a uma paisagem, ouço a seguinte conversa: "Tire a foto como se eu estivesse distraída." "Agora tire uma foto comigo como se eu estivesse olhando a paisagem e tivesse sido fotografada sem eu saber..." "Não tenho problema algum com a maneira como uma memória falsa pode ser retratada no futuro." Acredito que todos já tenham posado para uma foto com algum propósito, como uma foto profissional para o LinkedIn ou uma foto de aniversário, preferencialmente sorrindo. No entanto, ao entrar em um restaurante elegante ou não, percebo as pessoas se fotografando para registrar o local, a companhia ou a comida. No momento do clique, vejo sorrisos, mas ao me deparar com a foto tirada, percebo que os sorrisos se desvanecem e, pior ainda, noto o quão artificial é a composição da cena, em contraste com a comunicação humana genuína, substituída por uma interação através das redes sociais em meio a um jantar em família. Mesmo que atualmente as imagens capturadas não possam refletir o verdadeiro estado de espírito da pessoa naquele momento, questiono como as memórias serão construídas no futuro. Ao olhar fotos antigas de pessoas das décadas de 80, 90 e até meados de 2010, quando não existiam redes sociais de status onde os usuários demonstravam autoridade por meio de seu poder aquisitivo e de consumo, percebo a simplicidade de capturar uma cena com naturalidade, sem a busca pela perfeição de acordo com os padrões atuais, principalmente com o uso de filtros para aprimorar a aparência da pele e do corpo.

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